Cesta básica ou vale-alimentação: qual a melhor opção?

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Situados entre os auxílios mais valorizados em qualquer empresa, os benefícios alimentícios costumam fazer toda a diferença para o bem-estar e a satisfação dos colaboradores, assumindo papel primordial nas estratégias de atração e retenção de talentos. Mas, na hora de escolher a alternativa que mais se adapta ao perfil dos colaboradores e à realidade econômica da empresa, é comum surgirem algumas dúvidas. Entre as mais comuns estão: vale-alimentação ou cesta básica: qual opção é mais vantajosa?

Embora não sejam obrigatórias por lei, quem trabalha no meio corporativo sabe que modalidades como vale-alimentação e vale-refeição não apenas proporcionam comodidade a quem recebe, como também impactam diretamente na sua qualidade de vida. Mas você sabe exatamente quais as diferenças entre o vale-alimentação e a cesta básica?

As duas opções têm como objetivo auxiliar os colaboradores na compra de alimentos e, a princípio, ambas oferecem vantagens econômicas e podem garantir uma refeição mais balanceada e saudável para o trabalhador e sua família. Mas as características de cada uma delas e a maneira como funcionam na prática podem influenciar diretamente na satisfação de suas necessidades.

No artigo de hoje, a Brasil Life esclarece as principais diferenças entre cesta básica e vale-alimentação, além de analisar qual pode ser a melhor escolha para sua empresa e seus colaboradores; e, também, como a flexibilidade pode ser a chave para uma política de benefícios mais eficiente.

 

Cesta básica e vale-alimentação: qual a diferença?

 

Para começar, vamos entender em que consiste cada um desses benefícios e quais as suas principais características. A cesta básica é um benefício tradicional, amplamente oferecido por empresas brasileiras. Ela nada mais é do que um conjunto de alimentos selecionados, entregues mensalmente pela empresa aos funcionários, com itens considerados fundamentais para a subsistência de uma família. Esses itens geralmente incluem produtos de primeira necessidade, como arroz, feijão, açúcar, óleo, entre outros.

O principal atrativo da cesta básica é a garantia de que o colaborador terá os itens básicos para sua alimentação, independentemente do seu planejamento financeiro. Além de alimentos, a cesta básica também costuma incluir produtos de limpeza e itens de higiene pessoal. Como as mercadorias costumam ser pré-selecionadas a partir de uma lista padrão, o beneficiário acaba não tendo como escolher marcas ou produtos específicos de sua preferência para integrar o pacote.

Já o vale-alimentação é um benefício mais moderno e flexível, fornecido em formato de crédito, geralmente em um cartão que pode ser usado em supermercados, hortifrútis e outros estabelecimentos do setor alimentício. Assim, o colaborador pode fazer suas compras nos mercados de sua preferência, tendo total autonomia para escolher os alimentos que deseja comprar, de acordo com seu orçamento e preferências pessoais. Consiste em um valor fixo transferido mensalmente ao trabalhador via cartão. Em outras palavras, o VA oferece mais liberdade e praticidade.

Cesta básica ou VA?

A escolha entre cesta básica e vale-alimentação depende de alguns fatores, como o perfil da equipe, os objetivos da empresa e o orçamento disponível.

Se a empresa busca garantir que todos os colaboradores recebam uma quantidade mínima de alimentos essenciais, a cesta básica pode ser uma boa escolha. Porém, se o objetivo é oferecer mais flexibilidade e personalização, permitindo que cada colaborador tenha autonomia para decidir o que comprar, o vale-alimentação se torna uma opção mais moderna e eficiente.

Outro ponto importante é a possibilidade de oferecer benefícios flexíveis. Muitas empresas já adotam a prática de permitir que o colaborador escolha entre a cesta básica e o vale-alimentação, ou até de combinar os dois. Isso permite que a empresa atenda a diferentes perfis de colaboradores, aumentando a satisfação e engajamento da equipe.

 

Vantagens do vale-alimentação

 

  • Flexibilidade total: os colaboradores podem comprar o que realmente precisam, adaptando o benefício às suas preferências alimentares, estilo de vida ou restrições alimentares (veganos, celíacos, etc.).
  • Praticidade: o VA é simples de ser administrado pela empresa e pelo colaborador, sendo recarregado mensalmente de forma eletrônica.
  • Aceitação em diversos locais: o cartão VA pode ser usado em uma ampla rede de supermercados e estabelecimentos, proporcionando conveniência para os funcionários.

 

Desvantagens do vale-alimentação

 

  • Necessidade de controle: diferente da cesta básica, em que os produtos são definidos pela empresa, o colaborador precisa ter planejamento para usar o crédito de maneira eficiente.
  • Valor limitado: dependendo do valor oferecido, o VA pode não cobrir todas as

necessidades alimentares do mês, exigindo complementação do colaborador.

 

Vantagens da cesta básica

 

  • Controle sobre os itens: a empresa define os produtos, garantindo que todos os colaboradores recebam alimentos essenciais.
  • Garantia de alimentação: para colaboradores que têm dificuldade em organizar suas compras ou seu orçamento, a cesta básica assegura que ao menos o básico será garantido.
  • Benefício tangível: muitos colaboradores valorizam a sensação de receber fisicamente os alimentos.

 

Desvantagens da cesta básica

 

  • Pouca flexibilidade: cada colaborador tem suas preferências alimentares, dietas ou restrições. A cesta básica não permite personalização.
  • Logística: para a empresa, gerenciar a entrega de cestas pode ser um procedimento complexo e caro, principalmente em equipes espalhadas por várias localidades.

 

 

Benefícios alimentícios são obrigatórios por lei?

 

A legislação trabalhista brasileira não estabelece uma obrigatoriedade para as empresas fornecerem benefícios alimentares como a cesta básica ou o vale-alimentação. Esses benefícios são, em regra, facultativos.

Ou seja, cabe à empresa decidir se vai oferecer ou não. No entanto, também de acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), existem algumas situações em que a concessão de benefícios alimentícios pode ser prevista por acordos ou convenções coletivas, obrigando a empresa a fornecê-los aos seus colaboradores. Ou seja, a obrigatoriedade depende dos termos da contratação ou do envolvimento de um sindicato.

 

 O que é o Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT)

 

Uma das principais referências sobre o fornecimento de benefícios alimentícios é o Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), instituído pela Lei nº 6.321/1976. O objetivo do PAT é incentivar as empresas a fornecerem alimentação de qualidade aos seus funcionários, contribuindo para a melhoria da saúde e da nutrição dos trabalhadores.

Embora não torne obrigatória a concessão de benefícios alimentares, o PAT  oferece vantagens fiscais para as empresas que aderirem ao programa, como dedução de até 4% no Imposto de Renda. Isso leva muitas empresas  a optar por fornecer benefícios alimentares, como cesta básica ou vale-alimentação, como parte de sua política de bem-estar dos funcionários.

 

 Benefícios flexíveis: a melhor opção

 

Com a crescente diversidade nas equipes, a oferta de benefícios flexíveis tem ganhado destaque. O vale-alimentação flexível, por exemplo, é uma solução que permite ao colaborador definir como usar seu crédito da maneira que melhor lhe atende. Ele pode optar por gastar todo o valor em alimentos básicos ou explorar uma gama mais ampla de produtos.

Ao oferecer essa flexibilidade, as empresas demonstram que se preocupam com as preferências

individuais de seus colaboradores e procuram atender a todos de forma mais inclusiva.

 

VA+VR: entenda as vantagens de unificar os dois benefícios

 

Uma estratégia cada vez mais frequente no mercado de benefícios corporativos é a unificação do vale-alimentação (VA) e do vale-refeição (VR) em um só cartão. Nessa modalidade, o trabalhador dispõe de um saldo único, que pode ser usado tanto para compras em mercados como para refeições em restaurantes.

Essa prática traz inúmeras vantagens tanto para as organizações quanto para os colaboradores, possibilitando mais flexibilidade no uso dos benefícios e aperfeiçoamento dos processos de gestão por parte do setor de Recursos Humanos.

Tradicionalmente, as empresas costumam fornecer os dois benefícios de forma separada, com cartões diferentes, cada um destinado ao seu uso específico. Porém, a unificação desses dois vales em um único cartão tem se tornado uma opção cada vez mais frequente.

Por um lado, os colaboradores ganham mais liberdade para escolher onde e como usar o saldo disponível. Eles podem optar por usar o benefício em restaurantes durante o trabalho ou destinar uma parte maior do saldo para a compra de alimentos em supermercados. Essa flexibilidade aumenta a satisfação dos trabalhadores, permitindo que eles administrem seus benefícios de acordo com suas necessidades diárias.

Já para o setor de Recursos Humanos, essa unificação facilita a gestão dos benefícios alimentares, pois permite centralizá-los em uma só plataforma, reduzindo burocracia e custos administrativos e simplificando o controle dos benefícios.

As empresas também se beneficiam financeiramente com a unificação, uma vez que a gestão de um mesmo cartão para VA e VR pode gerar economia nos custos administrativos, como taxas de emissão, manutenção e gerenciamento dos cartões.

A Brasil Life, por exemplo, trabalha com essa modalidade por meio da oferta do Auxílio VA+VR, um benefício aceito em mais de 570 mil pontos do Brasil, além dos aplicativos de entrega.